É assim que a PMNF anuncia a renovação da frota de onibus da FAOL que está exposta na frente da sede da prefeitura. Seria interessante saber quais foram os parâmetros utilizados para se chegar a esta conclusão.
O transporte público em Friburgo está bem longe de ser mediano, quanto mais de ser o melhor do país. Com exceção das principais linhas (Olaria - Centro - Conselheiro Paulino), as demais sofrem com os poucos horários, com a super-lotação e com ônibus em utilização há mais de dez anos. A única empresa de transporte em atividade na cidade cobra uma das tarifas mais caras do país e oferece um serviço de qualidade sofrível.
Uma empresa concessionária de serviços públicos, como é a FAOL, deve preocupar-se mais com a função social que desempenha do que com a busca exclusiva do lucro. Para isso, o poder público deve estar sempre atento para regular as ações da empresa que forem contrárias ao interesse da população e que não estejam em concordância com a sua função social. Em Friburgo, isso não acontece. A prefeitura parece se empenhar mais em defender os interesses da empresa que o da população. Além de se omitir na fiscalização dos serviços prestados, a PMNF ainda autoriza aumentos irreais e se utiliza de obrigações da empresa (como a renovação da frota) para se promover.
"Nova Friburgo de volta no rumo do desenvolvimento" é mais uma das frases estampadas em cartazes expostos junto aos novos ônibus. Dessa forma a Prefeitura tenta ganhar os créditos por algo que foi a população quem pagou e se esquece que a renovação da frota é uma obrigação da empresa.
A imagem dos ônibus perfilados em frente à Prefeitura, mais o aumento da passagem autorizado no começo do ano, mostra bem de que lado esse novo governo está e qual os interesses que ela pretende defender.
